A ÁGUIA E A GALINHA
A abordagem se trata de uma metáfora feita por Leonardo Boff, em seu livro A Águia e a Galinha.
A página 30 do referido livro nos conta de um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.
Criou esse filhote no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração próprias para as galinhas, mas ele não era galinha. A águia era diferente, dominante dos demais pássaros.
A partir daqui o relato nos abre um leque bem amplo, com o qual podemos imaginar o viver e partilhar nossa Sociedade, composta de inúmeros seres criados e vivendo juntos, com percepções diferentes, na medida em que surjam possibilidades outras.
Diferentes possibilidades surgirão naturalmente, em que uma das partes poderá aceitá-la e nela se lançar, assim como renunciá-la pelo menos no momento, enquanto se aguarda um instante mais oportuno, talvez mais capacitado, mais eficiente e menos incerto.
Foi o que aconteceu com a águia e a galinha referidas na metáfora. Todas eram plenamente necessárias e úteis, porém precisam esperar mais e juntas batalhar até o momento próprio para cada uma levantar altos voos. Na medida de suas possibilidades, ciscaram juntas, bicaram-se umas às outras, mas juntas permaneceram em busca, talvez, de novas riquezas de trabalho, nas quais se adaptassem.
Depois de algumas tentativas fracassadas de voos para a águia, essa alçou voo, a dominar o ar com suas grandes e bonitas asas, enquanto a galinha no chão ficou cuidando dos inúmeros afazeres úteis e necessários que somente ela podia e pode realizar. Ambas importantes.
Cuidemos de nossa Sociedade tão ampla e complexa, em busca de dias melhores. Nela e dela, certamente, cada um alçará o maior voo possível, com destino à sua própria vida, jornada e Zona Azul…
Até a Próxima
MPBrito – 03/11/23.
Comentários
Postar um comentário