O QUE PENSAMOS SOBRE OS INDÍGENAS?

        Talvez conhecemos menos dos Indígenas do que deveríamos, eis que há 522 anos, quando se dizem ter se dado a descoberta do Brasil, esse povo aqui já existia, como donos únicos desta vasta terra, coberta de verdes matas e rios de águas cristalinas
Pedro Alves Cabral, ilustre navegador português, de lá partiu com suas esquadras com destino à Índia, e por fim se desviou de rota, vindo parar na desconhecida, mas linda e bela terra a que hoje chamamos de Brasil. Aqui chegando, se deparou com o palpitar de muita riqueza e com um grande povo espalhado por toda extensão. Julgando ter chegado à Índia, denominou os povos aqui nativos de Índios. Na verdade, esse povo era dono de tudo: das verdes matas, dos extensos rios, das rochas, dos rochedos e do ouro, em quantidade, neles encrostados. Entretanto, com o tempo, outros povos também europeus juntaram-se aos portugueses, exercendo forte pressão sobre os nativos, que foram forçados, por exemplo, a mostrar as minas de ouro existentes, assim como outras tantas riquezas espalhadas por diferentes lugares, assim as belas árvores, das quais foram extraídas belas madeiras valiosas e levadas embora. 

          A nós restou apenas o nome para o país: Brasil. 

       Na verdade, quem são os indígenas? – No último dia 09/08/22 se deu o Dia Internacional dos povos Indígenas, não só brasileiros, mas de várias partes do mundo.

     A Enciclopédia do Conhecimento Essencial, de Reader´s Digest, pgs. 195, traz as seguintes informações: ”Na época do descobrimento do Brasil, estima-se que os Indígenas formavam um contingente de mais de 3 milhões de pessoas no Brasil”

    A partir dessa época e por doenças adquiridas durante a colonização, esse número foi reduzido a 200 mil pessoas espalhadas por diferentes partes do país. Esse povo vive, em parte isolada, com línguas e dialetos e parte espalhada, em suas comunidades, e partes diretamente integradas, nos diferentes Estados do Brasil.

    Diz-se existir atualmente cerca de 195 línguas e 480 dialetos, de usos constantes por diferentes comunidades. Suas funções mais conhecidas são: Caça, pesca, agricultura, dentre tantas outras. Têm prestado grande contribuição na formação e desenvolvimento de nossa língua, nela aportados centenas e centenas de nomes, e termos que nos enriquecessem.

    É grande o número de intelectuais de ambos os sexos que atuam em diferentes áreas do conhecimento humano; vejamos estes: Ailton Krenak, em “seu inesquecível discurso na Assembleia Constituinte em, 1987,quando pintou o rosto com tinta preta do jenipapo para protestar contra o retrocesso na luta pelos direitos indígenas” (Contra Capa, Ideias para adiar o fim do mundo), e Daniel Munduruku, em Crônicas de São Paulo, em que apresenta o significado de vários nomes de bairros e lugares em São Paulo: Tatuapé – O Caminho do Tatu; Ibirapuera – Lugar de Árvores; Butantã – Terra Firme; Tucuruvi – Gafanhoto Verde; Guarapiranga – Lugar da Garça Vermelha; Tietê -Mãe do Rio, Região onde o rio alaga fecundando a  terra, etc.                      

     Os Indígenas têm costumes próprios que variam entre os diversos grupos: no vestir, na alimentação, nas tradições, nos ritos, nas formas de governo, nos tratamentos pessoais e sociais e etc.

     Precisamos nos atentar a não cair em rótulos; existem centenas de milhares de povos indígenas, com infinitas riquezas e diversidades socioculturais. Que possamos valorizar todos os povos que existem.

                                                                                                                                                         Até a próxima,

                                                                                                                                                         12/08/22

Comentários

Postagens mais visitadas