NOITE DE AGONIA
Era uma noite fria e tranquila. Eu e Família havíamos nos mudado para São Paulo fazia pouco tempo, não conhecíamos as redondezas com plenitude: confiávamos em Deus, em nós mesmos e em alguns poucos amigos. Já estava quase na hora de deitar; as crianças colocavam seus pijamas, enquanto minha esposa cantarolava um suave louvor, quando, de repente, um forte barulho veio do andar de baixo de casa. Era alguém mexendo nas nossas coisas? Um ladrão, talvez? Parecia ser!
Imediatamente, peguei as crianças e esposa e as trouxe para nosso quarto. Trancamos a porta e começamos a clamar a Deus por proteção: “Senhor, não permita que esta pessoa nos machuque”. O barulho continuava e continuava e continuava e o medo aumentava. Liguei rapidamente para a polícia - “alô, polícia? Por favor, apressem-se, alguém invadiu nossa casa”. As crianças começaram a chorar. Só restava aguardar e continuar pedindo socorro a Deus, nossa ajuda maior.
Aguardei olhando pela frestinha da janela. O tempo passava; o medo e a ansiedade, não. Finalmente, a polícia chegou: vieram vários. Joguei a chave de casa pela janela para que eles pudessem entrar de fininho. O barulho continuava, a angústia também. Os policiais passaram pelo portão e começaram a andar devagar pelo corredor. Um passo de cada vez. O corredor parecia ser eterno, e o quarto em que estávamos parecia menor do que realmente era. Que demora! Que agonia! Os policiais finalmente passaram pelo corredor, mas o barulho já tinha parado - talvez o ladrão já estivesse fugido. Não, ela ainda estava lá, em algum lugar: ouvimos mais uns sons. Os policiais entraram, então, no meu escritório - provavelmente estava se escondendo lá. Mais uma vez, um passo de cada vez. Olharam tudo, e nada… Onde é que ele estava? Os policiais nos avisaram lá de baixo que não havia perigo algum, que poderíamos descansar em paz. Ficamos tranquilos. De repente, quando os policiais estavam indo embora, já passando pelo corredor, a caminho da saída, escutamos, mais uma vez, uns barulhos. Não pode ser! Ele ainda está aqui! Subitamente, os policiais voltaram, correndo de volta pelo já famoso corredor, e, finalmente, deram de cara com um grande e peludo gato, que, ao entrar pela janela de casa, havia feito um belo de um desastre na cozinha e na copa, jogando pratos e panelas pelo chão a fora. Os policiais deram um salto alto e se espantaram com aquele inocente felino. Os policiais foram embora, o gato fugiu, e nós fomos dormir.
Fim.
Até a próxima.
Querido amigo Sr. Brito ,mais uma surpresa ,mais um Dom dado de Deus ,um escritor de suspense ...confesso que esperava mais ,acabou a escrita muito rapido ,me peguei ,atento e avido a leitura ...acabou?
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