O HOMEM ATRÁS DA PORTA (34)
A escritora Taylor Caldkell, em seu livro “O CONFESSOR” conta uma história verdadeira que se passa em todos os dias e em todas as épocas. Diz ela: “A necessidade mais premente, - (que todos têm) - é de alguém para ouvi-lo, não como um “paciente” e sim como uma alma humana”.
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Quando, Onde, Aonde e Quando? Perguntamos. É preciso que haja tempo para que
nossa fala seja processada e estejamos dispostos a ouvir a quem falamos. Certo senhor precavido e figura
importante da história, nos parece que estava preocupado com o desequilíbrio da
comunicação humana, entre ouvir e ser ouvido, falar e escutar, particularmente entre
os mais apressados e os desfavorecidos. Ao completar seus 80 anos de idade,
esse senhor recebeu em sua casa a visita de alguns arquitetos que lhe levaram
um projeto para futura construção de algo por ele desejado. Depois de alguns
instantes, os arquitetos saíram dali sorridentes. Os vizinhos e curiosos
queriam saber do que se tratava e o que iria acontecer ali. Aquele senhor
vendera sua casa velha que ali possuía e logo mandou construir algo novo. Não
se tardar, materiais de primeira linha foram chegando, e a curiosidade de todos
aumentando. Muitos dirigiam ao dono da construção querendo saber do se tratava.
Ele simplesmente dava um sorriso e lhes dizia: aguardem um pouco.
A obra tomou corpo e avançou e com ela a
curiosidade de todos. Será uma biblioteca pública, um museu ou escola de música,
ou uma Igreja?! O dono da obra não dava nenhuma resposta. Pela primeira vez ele
estava sendo misterioso.
Logo todos
ficaram sabendo que se tratava de bela e grande construção de dois cômodos, um amplo
com porta de entrada pela frente e outro, menor, com saída pelos fundos. Todos de
fino acabamento e bem aparelhados. O anúncio da inauguração foi feito marcado e
os repórteres acorreram ao local, cada um querendo ser o primeiro a entrar.
Várias pessoas de semblantes amenos iam
chegando e entrando, mediante o apertar tranquilo de uma sineta. Os repórteres,
porém, apressados, queriam entrar. Mas a mensagem era: aguardem um pouquinho.
Enquanto isto as pessoas que já haviam entrado saindo pela porta dos fundos,
aliviadas e outras, chorando, sem nada contarem aos ansiosos repórteres. Enquanto
isto o dono do prédio, “sorrindo, tocou uma sineta perto da porta de entrada na
extremidade da sala, apontou para uma fenda perto da porta e disse: “É por
aqui que os pedidos serão feitos”. --
Uma senhora bem apressada apareceu, querendo
ser atendida de logo. Ela teria de esperar. No entanto, ansiosa, entrou e se
sentou. Tirou de sua bolsa uma
nota e a jogou na porta. A porta não se abriu. Atrás desta estava, porém, um
senhor bem atento ao que estava acontecendo. Quem era esse Senhor? Era alguém
que se dispõe a ouvir a todos quantos necessitam e para isto estejam dispostos
a contá-las. O Ouvidor as conhece, mas elas precisam ser contadas com
profundidade de alma e calma. As respostas
e bênçãos, porém, serão processadas e respondias no tempo certo.
Perto de nós sempre há Quem, de fato,
pode nos ouvir e responder.
Até a próxima MPBrito – 18/06/21
Aguardando a resposta para o tempo certo. Abraços.
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