O PÁSSARO, O RELÓGIO E O ESPELHO – (27)




           Permitam-me, senhores leitores e leitoras, levar à consideração de todos, este belo poema de um autor nada moderno e bem desconhecido, do qual nada mais sei senão do nome.

            Trata-se de uma leitura tipo ”Descanso de Mente” brincando com  Pássaro, Relógio e Espelho, figuras bem presentes no imaginário de cada pessoa.  Quem não se agradar dessa modesta poesia, não a leve em consideração.

“Um pássaro engaiolado, Mestre de canto e harmonia,                                      

Disse a um relógio cansado De tanto dar meio-dia:                                              

Relógio, isto não tem jeito! Até parece zombaria!                                                

Eu canto sem ter proveito E tu trabalhas de graça!

Queres ouvir um conselho? Vê lá se é do teu agrado.

Tu te conservas parado, Eu fecho a minha garganta,                                           

Fazendo como esse espelho,                                                                            

Que não dá horas, nem canta!

Eu já estou desencantado De cantar sem resultado!                                             

E disse o relógio: Amigo, O mesmo se dá comigo.                                              

Mas o espelho disse: não! Nenhum dos dois tem razão!                                     

Nenhum pássaro gorjeia, sem ter a barriga cheia.

Nenhum relógio tem vida, Sem o sustento da corda,                                                                              Que a corda é sua comida.

Eu vivo neste abandono, Sem dar despesa ao meu dono.                                

Sem comer corda ou alpista Trabalho, e, nesta canseira,                                        

Estou sempre retratando, Pois quer queira, quer não queira,                          

Tenho de ser retratista!!!

E, desde que fui criado, E comecei a espelhar, Nunca vi um retratado

 Que, em mim vindo-se mirar, Dissesse: Muito obrigado,                                

Que é um modo civilizado, De se pagar, sem pagar”.  

          Este poema é do poeta Catule Cearense. Ele queria dizer certamente, que é agradável e elegante se fazer agradecimentos constantes, através de uma dessas duas palavras: Obrigado/ Obrigada!

             O bom perfume do Amor alegra o ambiente – (Brito)

                                                                                                                                            Até a Próxima                                                                                                                                                                                                                    .                                                                                                                                                                                                PBrito – 16/04/21.

Comentários

  1. Que poesia linda vovô!!! eu amei muito

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  2. Cada pessoa, assim como cada objeto, tem uma função e um propósito. Devemos sempre cumprir com alegria aquilo que Deus destinou à nós e ser grato por tudo e todos ao nosso redor.

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  3. Parabéns vô! Poema inspirador! Muito obrigada!

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  4. Linda poesia meu mestre e amigo. Bela reflexão. Obrigado por suas TARDES E MANHÃS!!?
    ABRAÇOS.

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