CONGRESSO INTERNACIONAL NA ARGENTINA     (    )



   Éramos 12 pessoas que partimos de S. Paulo-Capital em ônibus da Empresa Prata para Buenos- Argentina, no dia 08/02/1989, lá chegando no dia 10/02/1989.Fomos participar do 4° Congresso Internacional Juvenil. Tivemos boa recepção pelo pr. Hugo Ferrera e sua comitiva, que nos conduziu para sua casa, onde nos hospedamos. Pudemos conhecer boa parte dos irmãos de lá, assim como das comitivas do Paraguai e do Chile. Participamos de excelentes refeições ao gosto regional. Mantivemos agradáveis conversas e experiências cristãs que nos causaram enriquecimentos espirituais.  

           Jantamos e fomos ao repouso. No dia seguinte, sábado pela manhã após o café, fomos à Igreja assistir ao estudo da Lição e ao Culto matinal. Após a refeição seguiram-se estudos sob diversos pontos ao gosto dos participantes. Segue-se a noite com excelente jantar muito bom, vindo depois o momento de repouso.

     No domingo dia 12 fomos servidos de não menos agradável café partilhado com diversos quitutes locais e logo, fomos para o local onde se realizou o esperado 4º Congresso Internacional Juvenil, sob o tema: “Jovem, Põe-te em Pé e Falarei Contigo” – Ez.2:1. O palestrante nos trouxe excelente palavra de alerta quanto ao bom servir a Deus. Orações fervorosas se misturam em meio a agradável derramar de lágrimas. Seguiram-se agradáveis apresentações feitas pela mocidade local e pelas representações do Chile, do Paraguaio e do Brasil.

     Veio o momento de ótima refeição, logo retorno para a continuidade dos trabalhos, que se desenrolou por toda a tarde, de forma objetiva, agradável e que atendeu as expectativas da mocidade e de tantos quantos estavam presentes. Procedeu-se ao encerramento entre cânticos e manifestações de ânimos. O churrasco da noite agradou a todos, a partir do que fomos para o bom repouso que nos aguardavam.

     Na 2ª feira após o café fomos aos passeios na cidade, conduzido pelo nosso guia irmão Manolo: Centro, Casa Rosada e Porto Marítimo. Cada lugar mais bonito do que o outro. Um, porém, nos chamou atenção: o Navio de Guerra, Fragata Libertad, com capacidade para 300 pessoas. Quando nos aproximamos dela diversos marinheiros passaram a nos ver; nosso guia dirigiu-se ao comandante e lhe falou  quem éramos e pediu-lhe autorização para entrarmos, mas ele negou-se. Sem nada mais a fazer por ali fomos saindo e cantando uníssonos o hino BJ 226:         ”Ó Mestre! O mar se revolta, As ondas nos dão pavor”.- Sossegai!

            Logo o comandante nos chamou e nos autorizou a entrar por alguns instantes, o que logo fizemos. Os marinheiros se juntaram a nós e com eles fomos conversando sobre a vida deles no mar. Com quem conversei fiz-lhe algumas perguntas cujas respostas, não poucas me faziam lágrimas cair dos olhos, tristes. Outrora a Argentina esteve em guerra com o Reino Unido, que quis retomar as Ilhas Malvinas. Houve muitas mortes de ambos lados. Naqueles dias estava uma Fragata pronta para defesa. Disse-me ele de quantas dezenas de anos trabalhava ali sofrendo vários perigos, de colegas que haviam perdido a vida; que passava mais tempo viajando em bravios mares, na Austrália e Nova Zelândia; do longo tempo ausente da família, algumas vezes de 6 a 7 meses, da perda de um amigo que afogou no Chile, e tantas coisas mais. Falamos-lhes de Jesus e de sua mensagem   para eles, que lutam por nobres causas.  Oramos e nos despedimos desejando-lhes a paz de Jesus quando das bravuras dos impetuosos mares.

                                                                                                                                                     Até a Próxima              MPBrito– 26/03/21.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

                                      

                                                    

Comentários

  1. Bravo! Estava eu lendo Alceu de Amoroso Lima (Tristão de Ataíde) nesta época ,quando me deparei com um artigo.onde descrevia uma carta que ele apresentava de uma mãe Argentina , que todo dia ia aos pontos de locais para ver se seu filho , convocado para a Guerra das Malvinas , estava na lista de baixa na batalha,seu filho na epoca com 19 anos , sucumbiu na batalha e ela desesperada bradou " O que o país lhe deu , para cobrar- lhe a própria vida, aos 19 anos!"

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  2. Que delícia ler suas histórias, querido Pastor!!

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